Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

Jalal al-Din Husain Rumi - Poema Sufi

Faltam-te pés para viajar?

Viaja dentro de ti mesmo,

E reflete, como a mina de rubis,

Os raios de sol para fora de ti.

A viagem conduzirá a teu ser,

transmutará teu pó em ouro puro.

Morgenstern?! Ao final do Blog!


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

MA ANANDA MOYI - 1 de outubro de 2012

Eu sou MA ANANDA MOYI.

Irmãs e Irmãos em humanidade, dignem-se acolher a minha Presença antes que eu comece a vos falar. E eu vos falarei, hoje, de alguns elementos que já foram dados por mim mesma, mas mais para inserir no que vocês vivem agora, e a partir de agora, sobre esta Terra.

Eu trarei estas palavras à vossa reflexão, bem mais que à vossa compreensão. Elas serão levadas, certamente, pela minha própria Presença e até ao vosso Coração. Antes de mais, estabeleçamos um momento de Paz, um momento de Alegria e um momento de Comunhão.

… Compartilhamento do Dom da Graça …

Os tempos que se desenrolam sobre esta Terra, para vocês, hoje, vão fazer-vos passar, se isso ainda não aconteceu, do amor projetado que conhece a pessoa, ao Amor Consciência, realizado pela Consciência, para além da pessoa, pelo Si, pela Última Presença ou pelo Absoluto.

A falta de Amor está tão inscrita na pessoa que ela vai sempre procurar experimentar, sentir, este Amor. A forma mais frequente de o experimentar é, portanto, estimar, amar, sentimentalizar, o objeto da atenção da pessoa, através dos laços de sangue, através de uma decisão afetiva, ou através de todas as atividades.

A falta de consciencialização do Amor Consciência cria (ipso-facto, nos vossos termos) essa projeção do amor. Projeção do amor que vai guiar o conjunto das relações do homem. Então, certamente, o amor projetado resulta das ligações, resulta de um ideal, quer ele seja social, religioso ou espiritual. E, no entanto, no Oriente, é fortemente aconselhado tentar encontrar e experimentar este Amor através do que é chamado o Bhakti Yoga ou Yoga da Devoção.

No Ocidente também, vocês tiveram numerosas Irmãs e Irmãos que (no entanto, através dos modelos ditos religiosos) conseguiram esquecer-se de si-mesmos, projetando de tal maneira o Amor que eles se esvaziaram totalmente da sua própria pessoa. Graças à Humildade, graças à Simplicidade, as Estrelas que vos são conhecidas vos descreveram o seu caminho (a sua jornada) sobre este mundo.

Então, o amor-projeção, que é a norma, na humanidade que nós todos conhecemos, não é o Amor Consciência. Eu já o tinha expressado. A diferença, para além das Vibrações percebidas e sentidas, traduz-se por uma outra consequência. Porque o amor projetado será sempre dependente de um objeto exterior, de um sujeito exterior a si mesmo: quer esse objeto, esse sujeito, seja uma ideia, um pensamento, um modelo que tenha existido.

O amor projetado é, de qualquer modo, uma caução moral que nos vai fazer definir o quadro das nossas adesões amorosas, das nossas adesões afetivas e das nossas adesões sociais, e mesmos nas atividades. Este amor projetado é sempre condicionado e condicional salvo, como eu o disse, nos casos raros de Irmãs e Irmãos que se esqueceram de tal maneira, no amor projetado, que a pessoa acabou por desaparecer: houve uma tal sede de identificação a um modelo, quer seja um grande Santo, quer seja o CRISTO ou qualquer outra manifestação sensível sobre esta Terra (qualquer que seja a realidade, ainda).

O amor projetado é sempre um ideal. Ele depende sempre do que pode ser compreendido, do que pode ser concebido, e mesmo percebido, no campo da consciência dissociada da própria pessoa. E, no entanto, nenhuma pessoa, nenhum Irmão, nenhuma Irmã, sobre esta Terra (mesmo o mais oposto ao mundo espiritual invisível), poderia conceber a sua vida, totalmente, sem nenhum amor, sem poder projetar o mínimo amor.

A natureza do homem (e mesmo o esquecimento da sua Essência, pelos diferentes Véus da ignorância) permite e realiza, em si mesma, esta necessidade de projetar este amor.

Esta projeção de amor, exceto nos casos extremos, é sempre o reflexo de uma deficiência, de uma falta de reconhecimento de si mesmo. Enquanto existir a necessidade de projetar, de maneira precisa (sobre um objeto ou um sujeito, sobre uma crença, sobre um sistema, qualquer que ele seja), o amor, é evidente que, na grande maioria dos casos, não pode ser vivido o Amor Consciência. Se excetuarmos os casos raros que eu descrevi, hoje, este mundo, esta civilização, esta humanidade na qual vocês ainda estão encarnados, vai aprender a passar do amor projetado (sinal de uma falta) ao Amor Consciência (sinal da Plenitude da vossa Essência).

Os diferentes mecanismos que, talvez, vocês tenham vivido, depois de alguns anos ou tantos anos, vos conduzem, hoje, a esta etapa. Uma etapa que, como vocês sabem, é final, que vos vai demonstrar, a vós mesmos, onde vocês estão, relativamente ao reconhecimento do que vocês São, na vivência do que vocês São.

O amor projetado, resultante de uma falta, é sempre portador de um medo, quer isso seja o medo da ausência de Luz, quer isso seja o medo da perda do objeto, do sujeito ou a não-realização de um objetivo, qualquer que ele seja. Este amor é, portanto, dependente. Ele é dependente de outras faltas: as faltas de outros sujeitos, de outros Irmãos e Irmãs que estão encarnados, a falta também da possibilidade de, realmente, viver a ausência da separação entre o sujeito e o próprio objeto (objeto do desejo ou objeto do amor).

O amor projetado funcionará sempre na superação, de maneira bem consciente, na falta de reconhecimento do que se É e, portanto, na falta de amor intrínseco da própria consciência. Porque a natureza da consciência, no Ser como no não-Ser, como a natureza do que contém a consciência, é Amor, e absolutamente mais nada. O que é natural e espontâneo nas outras Dimensões que não a vossa. Nós o vivemos em permanência, como um estado natural em que o Amor não tem, portanto, que ser procurado, nem encontrado, nem mesmo experimentado, nem mesmo desenvolvido, nem mesmo amplificado porque o Amor está, de toda a Eternidade, estabilizado: ele não tem que evoluir, ele não tem que progredir, ele está estabelecido na perenidade, na Eternidade.

Certamente, coisa que o amor vivido num corpo, ou através da pessoa, não poderá nunca estabilizar porque nós todos sabemos que o amor humano, qualquer que seja o seu objeto, está sempre flutuando. Ele não se exprime da mesma forma em função das circunstâncias. Ele não é idêntico a si mesmo, a cada dia, mesmo para o ser mais querido. Este amor está, como todos vocês o sabem, sujeito a desaparecer, através de um luto, através de uma separação.

Através das circunstâncias da vida, um amor cresce e desaparece porque tudo o que aparece, sobre este mundo, cresce e decresce e desaparece, enfim. Mesmo se for efetivamente mais agradável viver envolvido em amor e manifestar o amor (mesmo projetado) que viver sem amor, tanto um como outro, definitivamente, revelam a sua insuficiência e a sua incapacidade em saciar a sede da consciência.

Enquanto a consciência não se reconhecer, na sua própria natureza, enquanto Amor, enquanto houver uma identidade que persiste, enquanto houver uma orientação de amor (mesmo se isso for nobre, como amar os seus filhos e os seus pais), não pode aí haver Amor Consciência. Porque o Amor Consciência alcança, instantaneamente, que não há nada a projetar, já que a Essência de cada Irmão, de cada Irmã, de cada marido, de cada mulher, de cada criança, quer seja a vossa ou não, é habitada pela mesma Essência e a mesma natureza do Amor.

Aquele que consciencializa isto (não como um ideal, não como um progresso a realizar) não tem mais necessidade de projetar o que quer que seja, porque o Amor emana dele, porque encontrou o que ele É, realmente, para além da pessoa, por vezes, para além da própria consciência. E isso não cria, de todo, nem as mesmas circunstâncias de vida, nem as mesmas satisfações Interiores.

O Amor Consciência proporciona uma Alegria. Há uma intensidade de descoberta e de implantação deste Amor Consciência indo, como vocês sabem, até a Morada da Paz Suprema, Shantinilaya, coisa que não pode nunca conseguir, claro, o amor projetado. Qualquer que seja a relação ideal que vocês construíram (com uma pessoa ou com um sistema religioso), qualquer que seja o vosso objetivo, mesmo o fato de perceber um objetivo, cria a própria projeção.

Então, excetuando os raros Irmãos e Irmãs que se conseguiram esquecer de tal maneira nessa devoção que se tornaram Santos (em todas as religiões, em todas as culturas, em todos os países), é preciso admitir que, para a grande maioria dos nossos Irmãos e Irmãs, este amor será sempre condicionado pela própria pessoa e, portanto, por um Efêmero.

O Amor não poderá nunca ser efêmero porque o Amor é a natureza que sustém a manifestação, a Criação, o sonho, e mesmo a Ilusão. Tomar consciência disso é sair, enfim, dos tormentos do medo do abandono, da perda, é estabelecer-se na natureza imutável da Consciência e, por vezes, mesmo no não-Ser e na a-consciência. É esta passagem que vocês estão em vias de realizar, no que se refere à vossa consciência. Então, certamente, passar de um ao outro, não se faz sempre de forma fácil, porque os dois não podem coexistir ao mesmo tempo.

Então, se o conjunto da vossa vida foi construído sobre este amor projetado, mesmo num ideal nobre (quer isso sejam os vossos pais, os vossos filhos, as vossas profissões, as vossas relações, quaisquer que elas sejam), ser confrontado (porque, para a pessoa, isso é uma confrontação) com o Amor Consciência, vai colocar em resistência, de qualquer modo, a sombra deste Amor Consciência que é o amor projetado; e o amor projetado vai se revelar a vocês como um freio (travão), uma ligação, um apego.

Então, claro, como isso foi repetido numerosas vezes, não é questão de se descartar destes amores projetados, quaisquer que eles sejam, mas bem mais compreender os mecanismos que conduziram à projeção deste amor, para vocês, e de compreender os mecanismos que vocês vivem no Amor Consciência. Porque um vos tira e o outro vos dá.

Então, certamente, se vocês são capazes de dar tudo, de se deixarem tomar, na totalidade, vocês desembocaram, de maneira inevitável (como alguns Irmãos e Irmãs que o mostraram pelo seu exemplo de vida), no Amor Consciência, na Luz e na Eternidade. Mas, frequentemente, as resistências da pessoa estão aí, muito precisamente para fazer obstáculo ao Amor Consciência.

Neste período em que se sobrepõem e se encavalitam duas consciências (para o qual vocês já têm, certamente, manifestações das quais os Anciãos vos falaram longamente), o importante é também o mecanismo que se desenrola na vossa consciência. O amor projetado, mesmo o mais nobre, é, portanto, tributário de circunstâncias; ele é tributário do que se vive neste mundo, mesmo que seja um amor para os mundos espirituais.

O Amor Consciência, este estado de Ser, vos faz sair e vos mostra, justamente, as zonas de apego do amor projeção. É por isso que, há algum tempo, nós também tínhamos insistido sobre os dois estados possíveis: O Amor ou o medo. Porque o amor projetado (mesmo, mais uma vez, o mais bem sucedido e o mais nobre) não faz senão traduzir, lembrem-se, a falta de conhecimento do Amor Consciência, do que nós Somos todos, para além da pessoa, que é Eterno, que nunca progrediu, que nunca se mudou, que não tem necessidade de uma qualquer evolução, nem de um simulacro de ritual qualquer que ele seja.

O Amor Consciência é um estado. O amor projetado é uma ação e um ter. Passar de um ao outro é, muito exatamente, depois da dissipação das últimas Linhas de Predação da Terra, a ocasião única de tomar esta consciência e de observar, realmente, enquanto observador da vossa própria vida, não para o julgar, não para o condenar, não para lhe mudar o que quer que seja, mas para ver, com Clareza, com Precisão e Lucidez os comportamentos e o conjunto das condutas que vocês têm na vossa vida.
Não, somente, claro, em relação aos seres amados que fazem parte da vossa vida, ou às atividades que são as vossas mas antes observar a diferença de resultado.

O amor projetado, mesmo ideal, é uma dependência, O Amor Consciência traduz (quer isso seja para uma religião, quer isso seja para uma espiritualidade, quer isso seja para o próprio ser amado), produz e proporciona um sentimento de ligeireza e de desapego, onde não pode existir o mínimo medo e a mínima interrogação.

E, sobretudo, o Amor Consciência vos faz realizar que não há diferença entre o ser amado e aquele que vocês mais detestaram no mundo, porque a Dualidade se apaga e porque o Amor Consciência não é mais afetado pela noção de uma pessoa e do lugar dessa pessoa em relação a vocês, em relação à vossa vida. Certamente, o que vos é dado a ver, neste mundo, neste fim extremo de Kali Yuga, é a manifestação dos amores projetados, quer isso seja através do ódio entre os povos, entre as sociedades, entre as raças.

Tudo isso não é senão uma ilustração da incapacidade de reconhecer o Amor Consciência como a única Verdade, e o único estado possível do Ser. Então, o ser se afunda no ter, se afunda na negação, se afunda nas resistências, nas opacidades, vindo, de qualquer modo, friccionar as zonas dolorosas, as zonas de falta que têm por nome: medo, abandono.

Aquele que está no Amor Consciência, independentemente dos estados e das experiências de Paz, de Samadhi, de Alegria, não é afetado, de maneira nenhuma, pelo que se desenrola no seio da pessoa. O mesmo Amor é vivido, não como uma projeção ou como uma condição mas, na totalidade, como um florescimento total do Ser.

O que se desenrola, neste momento (o fim das Linhas de Predação, o conjunto dos processos Vibratórios energéticos que vocês implementaram e ativaram), vos faz passar esta Porta Estreita.
O momento da Ressurreição é iminente, para o conjunto do coletivo da humanidade, para o conjunto dos Irmãos e das Irmãs que, mesmo agora, nadam ainda neste amor projetado, este amor de contradição e de oposição.

Descobrir isto podia ser chamado, na vossa terminologia, o Despertar. É a consciencialização da não-separatividade, é a consciência do «Eu Sou» e do «Eu Sou Um». Esta etapa primordial faz parte do que A FONTE denominou o Juramento e a Promessa. É isso que vos coloca face à vossa Eternidade e vos dá a ver, sem nenhum julgamento, os momentos em que vocês estão no amor projeção (porque dependendo do vosso bem estar pessoal, dos vos compromissos, quaisquer que eles sejam), os momentos em que vocês estão no Amor Consciência, que é a vossa natureza e que se escapa de vós, vos preenchendo de Felicidade, de Paz, de Alegria, de Samadhi, até mesmo de Êxtase.

Nesse momento, mesmo a noção de uma pessoa não existe mais. A Transparência e a Humildade são vividas de maneira total. Não existem mais zonas de sombra, ainda menos medos ou elementos de interrogação relativamente à natureza do que É. Realizar isto pode, efetivamente, ser um choque para aquele cuja vida foi rodeada quer pelo amor projeção, ideal de uma sociedade humana melhor, de um mundo melhor, ou de uma religião autêntica.

Toda a procura é também uma projeção, como diria o vosso trovejante parceiro de Absoluto (ndr: BIDI): enquanto vocês procurarem, há uma projeção e enquanto houver uma procura, há ilusão de conhecimento que, de fato, não é senão ignorância.

Eu falei-vos também, há mais de um ano, da reversão da alma, virada para a matéria, que se volta para o Espírito. Isso é exatamente o que se realiza no momento do encontro com a Luz Vibral, com a natureza da Consciência, com o Amor Consciência.

Quando este Despertar se realiza, para muitos de vocês que nos escutaram, e viveram as Vibrações, vocês sabem muito bem isso. Mas vocês sabem também, quando esta Luz é descoberta, que há uma tendência, para a pessoa, que ainda está presente, de se apropriar deste amor, de fazer uma espécie de espelhamento, qualquer coisa que seria para cultivar, para fazer crescer, embora este Amor Consciência não possa nem crescer, nem ser cultivado.

Ele está aí, de toda a Eternidade, eram vocês que tinham, de qualquer modo, no seio de uma pessoa, saído. Mas vocês tiveram o tempo, durante estes anos, durante estas vidas, de preparar, pouco a pouco, gradualmente (na ilusão de uma evolução de encarnação), este momento.

Outros, entre vocês, vão descobrir isso, de maneira extremamente abrupta. Ora, não há nada de mais detestável, para o amor projetado, que estar face ao Amor Consciência porque o amor projetado, quando ele não é totalmente vivido na devoção total, no esquecimento do Si, no esquecimento da pessoa, não conduz nunca ao Amor Consciência.


Então, quando o Amor Consciência vem fazer a irrupção, ou através desta Ressurreição, há um Despertar, há um Acordar. Sendo o perigo, sobretudo nestes tempos particulares, de se apropriar desta Luz e de alimentar o seu próprio mental, a própria pessoa. Mas isso pode ser cada vez menos o caso, porque a pessoa estará cada vez mais desconfortável nas suas reivindicações, nas suas projeções, nas suas necessidades de se apropriar da Luz, de a guardar para si. A Luz não pode ser guardada para si, já que a Luz e o Amor Consciência, por si mesmos, põem fim à Ilusão e à separação.

Então, quando prevalece esta espécie de confrontação, existem, claro, as resistências. Para um Irmão ou uma Irmã a quem este Despertar ocorrer de forma inesperada, isso vai, efetivamente, criar uma experiência de Unidade, fazendo com que essa mesma experiência tenha necessidade de se reproduzir e de se manter.

Então, o Irmão ou a Irmã que viveu isso vai-se fechar nesta Luz, como num casulo. Ele vai tentar, pela sua ação, pela sua vontade, pela sua própria pessoa, fazer frutificar o que ele viveu. Vocês não podem agir assim, porque o momento do Despertar é um momento, e esse momento já passou: é justamente o momento do encontro entre o amor projeção e o Amor Consciência. Mas, uma vez passado esse momento, é muito mais sábio, realmente, olharem-se, ao nível dos comportamentos que vocês adotam, ao nível dos mecanismos que vos preenchem, ou não, segundo os vossos comportamentos. Porque o ato de Devoção, efetuado sob a égide do Amor Consciência, é sempre um Dom de Si, um Dom de Luz, que aumenta e amplifica a percepção da Luz, para além da pessoa.

O Amor se auto-mantém, se auto-gera, se auto-alimenta e ele é sempre o mesmo. Então, quando vocês observam os momentos em que vocês estão em Alegria (quando este Amor Consciência se exprime espontaneamente, para além de toda a pessoa), então, nesse momento, vocês começam a perceber, claramente, a diferença entre o que, em vocês, é amor projeção e o que, em vocês, é Amor Consciência.

Este face a face, esta confrontação, é, também, a confrontação final entre o vosso corpo efêmero e o corpo de Eternidade (ou corpo de Estado de Ser) que se reproduz identicamente. Todos os mecanismos de encontro que nós levamos, conosco (quer isso seja a título pessoal e individual, ou a título coletivo), não têm senão um único objetivo: não é entregar-vos palavras, vocês o sabem. É simplesmente Comungar, convosco, para vos demonstrar que não há separação e que a única separação resultará sempre do olhar dos olhos, do olhar das convenções, do olhar deste amor projeção que, eu vos lembro, foi construído sobre a falta e o medo.

O Amor Consciência para além do Despertar. Se vocês deixarem, naturalmente, a Luz vos atravessar e fecundar o que vocês São, então, inevitavelmente, vocês emergem na Última Presença, no Samadhi e depois no Êxtase, num ato de último Abandono da pessoa que crê, nesse momento, desaparecer. Passando pelos últimos obstáculos que vocês conhecem (que encontram a Onda da Vida ao nível do que é nomeado os dois primeiros chacras), vos colocando face aos vossos apegos e, claro, ao apego à vossa própria pessoa, que não pode considerar, em nenhum momento, se separar do que ela é.

E, no entanto, nada do que é ilusório, nada do que é efêmero, nada do que é condicionado e condicionante, deve, agora, subsistir. O tempo do sonho, o tempo da projeção, termina. Não há outro modo senão serem o que vocês São, para além de todo o papel, de toda a projeção e de toda a Ilusão. As duas realidades (a que é Absoluta e a outra que é relativa, condicionada pela falta) vão, portanto, medir-se, julgar-se e calibrar-se, principalmente. Entre o que vocês creem ser, enquanto uma pessoa, e o que vocês São, verdadeiramente, enquanto Eternidade.

Isto desenrola-se, em vocês, como se desenrola sobre a Terra. Da vossa capacidade de observar isso (com Lucidez, sem julgamento e sem tomar partido), vocês reforçarão o papel de observador e vos permitirá – antes de refutar este mesmo observador – ver, real e concretamente, o que se joga na vossa Consciência. E o que se joga – e o que vocês jogam – está ligado ao medo ou está ligado ao Amor.

Os efeitos Vibratórios, certamente, não são os mesmos, porque no primeiro caso há sofrimento e no segundo caso há a plenitude. No segundo caso há um sentimento de estar Fundido, Fusionado, e, bem além disso, há a Libertação, há o Abandono de todos os questionamentos, o Abandono de todas as projeções, e a capacidade nova de se estabelecer nesse estado de Ser, que não depende deste mundo. E, no entanto, vocês o vivem, aqui, sobre esta Terra, antes que o sonho coletivo se desmorone na totalidade.

Desfrutem deste período em que as Linhas de confinamento (denominadas, creio, Linhas de Predação) foram removidas de forma permanente e desapareceram definitivamente. Então, certamente, há um tempo que esta Libertação ocorre. Vocês lembram-se? Houve as Núpcias Celestes, houve as Marchas, isso durou um certo período do vosso tempo.

E depois, em seguida, cada nova fase se realizou, eu diria, num tempo bem mais curto. Olhem, por exemplo, a Ativação dos Novos Corpos, a Ativação das Estrelas, a Ativação das Portas. Olhem, em seguida, o tempo que levou o aparecimento de Coroas Radiantes (ndr: estes diferentes aspectos foram referidos, em particular, na seção «protocolos a praticar»). E olhem, depois, a velocidade a que a Onda da Vida (se ela nasceu, em vocês) subiu. Olhem a que velocidade o Canal Mariano se densificou e concretizou, para vocês, se vocês o vivem, de maneira muito mais espontânea e, eu diria, muito mais fácil. Porque a acumulação da Luz Adamantina, do Amor Consciência, da Luz Vibral, do Espírito Santo, da Radiação da Fonte (que se amplifica, a partir de agora), vos dá todas as oportunidades para atravessar esta última Porta.

E, de fato, como os Anciãos lhes disseram, não há nada para empreender, não há nada para procurar, não há nada para acreditar, há apenas que permanecer Tranquilo, no momento atual, mergulhar totalmente neste momento presente.

E então vocês verão claramente os vossos amores projeção, mas vocês verão, também, claramente, o Amor Consciência. E quando eu digo «ver», não se trata de um mecanismo de visão ligado aos olhos, mas, bem mais, de uma Visão do Coração, vos dando acesso ao centro do Centro e a este Amor imanente e que emana, independentemente de toda a vontade pessoal, desde o Bindhu, desde a Merkabah interdimensional, desde o coração do Coração, desde os pés, com a Onda da Vida, desde as nossas Comunhões com o Manto Azul da Graça.

Tudo isso contribui para se estabelecerem, muito precisamente, neste instante crucial, onde será preciso decidir, ou ficar no amor projeção ou permanecer no Amor Consciência. É a vossa escolha. É também uma certa forma de Liberdade. Ninguém vos obriga a viver o Absoluto. Ninguém vos obriga a viver a Liberdade. Ninguém vos obriga a viver o Amor Consciência, se, para vocês, o amor projeção vos parecer muito mais vital. Mas lembrem-se que este vital e esta vitalidade não se expressarão sempre senão num quadro determinado: ele será, portanto, dependente desse quadro determinado, o que não é o caso para o Amor Consciência.

Eis ao que conduz, neste mesmo momento, o fim (que foi realizado) da ação das Linhas de Predação, sobre a Terra e em vocês, vos Libertando dos confinamentos da Ilusão de ser uma pessoa e de ser limitado.

Tudo isso acontece, neste momento, tanto nos vossos sonhos, como nos vossos encontros (quer eles sejam de carne ou quer eles sejam mais sutis). Observem tudo isso e, num dado momento, vocês verão verdadeiramente o que se desenrola nas vossas interações e nas vossas ações neste mundo. De onde vem isso? Será que isso é a expressão hábil de um amor pessoal, ou será que isso é a expressão espontânea do Amor Consciência que emana, sem nada pedir, porque ele encontrou a sua natureza?

Tudo isso vos vai aparecer, não somente mais claramente, mas, eu diria, certamente, com muito mais impacto, ao nível dos vossos comportamentos, dos vossos humores, das emoções que possam permanecer em vocês. É isso que é preciso ver claramente, é isso que é preciso observar. E depois, é aí que é preciso, definitivamente, se vocês o aceitarem, fazer uma escolha que não é uma: isto é, persistir em manter os medos, persistir em manter a noção de apego, ou então descobrir o Amor Consciência e exprimi-lo, totalmente, na vossa vida.

Claro que o que é limitado vai vos sugerir (com muita violência, algumas vezes) que este Amor Consciência é impossível, porque é preciso preservar isto ou aquilo, porque é preciso ter atenção a isto ou àquilo. Mas aquele que vive o Amor Consciência e que se Abandonou (eu diria, Coração, Alma e Espírito) à própria Consciência e ao Amor Vibral, não pode ter a mínima dúvida em relação a isso. Somente a pessoa se colocará sempre questões. Então, vejam isso, claramente.

Aceitem-no, não como um julgamento de valor, em relação a vocês mesmos ou em relação a quem quer que seja, mas, bem mais, como a possibilidade, real, que vos é oferecida, de viver o estado de Graça. Porque o Amor Consciência (quer seja o Si na Última Presença, quer seja o Absoluto, quer seja no Samadhi) é uma felicidade como nenhuma outra. Aquele que viveu Shantinilaya, mesmo durante uma experiência, não pode duvidar mais do que ele Vive e do que ele É, mesmo sabendo, pertinentemente, que ele ainda está tributário, de momento, de uma forma corporal e de um compromisso, qualquer que ele seja. Mas o compromisso vivido na Liberdade não é o compromisso vivido na restrição. O Amor Libertado é totalmente diferente do amor projetado.

Tudo isso contribui, nesta colocação face a face, para a vossa Ressurreição e para o Julgamento Final, que não é um julgamento de Si mesmo, sobre Si mesmo, mas que é, simplesmente, o resultado do que foi cultivado no que vocês são. Vocês permanecem na pessoa? Vocês foram deliberadamente para o Abandono da vossa identidade? Para o Abandono de crer ser uma pessoa limitada, de estar somente nesse saco, de estar somente neste mundo e dever aqui evoluir? A evolução faz parte da Ilusão: ela é um fragmento do sonho no qual vocês estão inseridos. Mas para além do sonho – e mesmo para além, por vezes, do pesadelo – há a Verdade imutável do Amor Consciência, que é a própria natureza da Consciência, do Ser como do Não-Ser.

Vocês descobrem tudo isto, se ainda não foi feito, e isso vai ter, certamente, um número incalculável de consequências. Algumas destas consequências vos foram explicitadas, relativamente às modificações das percepções do vosso corpo e à sensação de desaparecer, em certos momentos da vossa vida, como deste mundo, como da vossa pessoa, estando, no entanto, tudo perfeitamente aí. Mas o que está perfeitamente aí, onde vocês estão, não é mais a pessoa, mas o Amor Consciência. Ora, isso vai realizar-se. E se a vossa Atenção e a vossa Intenção forem dirigidas para o que se desenrola, na maior das Humildades e Simplicidades, vocês não terão nenhuma dificuldade em Abandonar o que possa restar da pessoa.

Claro que a pessoa pensa que isso pode mudar muitas coisas, e que é preciso mudar, quebrar alguma coisa. Não, como diria BIDI, sobretudo agora: o que muda é o ponto de vista, e sobretudo o estado da própria Consciência. O Amor Consciência dá uma Consciência clara, elevada e apaziguada, que não sofre de nenhuma falta, que não sofre de nenhum sofrimento, qualquer que seja o sofrimento desse corpo ou deste mundo. Há, realmente, nesse momento, esta Paz Suprema. Esta Paz Suprema é a natureza de todos nós. Simplesmente, os Véus da Ilusão e do esquecimento, os Véus, também, colocados pelos conhecimentos (quaisquer que sejam, sobre este mundo), criaram, de qualquer modo, um déficit de percepção, uma percepção defeituosa.

É esta percepção defeituosa que desaparece e que vai desaparecer, cada vez mais, como se o filme que era projetado na tela da Consciência separada da personalidade, desaparecesse dela própria. Vocês não podem manter o que é efêmero. Vocês não podem continuar a fazer parecer o que é chamado a desaparecer. Vocês só podem, simplesmente, contemplar o que vocês São, de toda a Eternidade, e, de qualquer modo, preparar, à vossa maneira, o retorno à vossa Eternidade.

Então, certamente, nós sabemos todos que a humanidade (pela sua estrutura biológica, pelas alterações sociais que foram mantidas de diferentes formas, como vocês o sabem) tem uma forma de dificuldade, efetivamente, em fazer o luto: fazer o luto da pessoa, da personalidade, fazer o luto das Ilusões. Mas isso, vocês todos o sabem: depois de terem perdido um ente querido, é preciso também fazer um luto.

Mas quem faz o luto, senão a pessoa que considera perder uma outra pessoa? Isso é o reflexo da atividade da consciência fragmentária e do amor projetado, enquanto que, definitivamente, aquele que está instalado no Amor Consciência, no Si, na Última Presença ou no Absoluto, não pode conceber a existência de nenhuma falta. A falta não diz respeito senão à pessoa - mas não a essência do que nós Somos, em Verdade -, que nunca está completa, nunca está realizada e nunca está concluída, já que ela nunca teve um começo e não terá nunca fim.

Então, passar do efêmero ao Eterno, do amor projetado ao Amor Consciência, vai tornar-se uma realidade cada vez mais premente para vocês. Tudo isso vos foi explicado de diferentes formas: quer seja por contribuição Vibratória, quer seja pelos mecanismos resultantes da construção deste Casulo de Luz, que verá nascer a Borboleta. Tudo isso, vocês estão chamados a vê-lo e, sobretudo, a cultivar este Amor Consciência, não para o cultivar, mas para o viver, de maneira mais intensa, de maneira mais ligeira e, sobretudo, para observar as consequências, certamente, na vossa vida.

Algumas Irmãs Estrelas vos falaram da ação dos Elementos, sobre vocês e em vocês, e que nenhum Elemento da Terra, mesmo no seu aspecto devastador, pode afetar estritamente o Amor Consciência que vocês São, mesmo se a pessoa desaparece. Neste sentido, não se trata de uma morte, mas antes de uma Ressurreição, de um Renascimento. Empreguem os termos que vocês quiserem mas, em nenhum momento, vocês poderão duvidar, quando isso vos chegar, do que acontece, em vocês.

Os vários testemunhos desta transformação vos foram dados, em muitas ocasiões. Muitos exercícios vos foram comunicados por Um dos Anciãos, para vos aproximar do momento em que era preciso deixar tudo, desaparecer inteiramente, enquanto pessoa, para Ser na Eternidade. Cada vez mais, mesmo os Irmãos e as Irmãs que nunca se viraram para uma qualquer subsistência depois da morte, vão começar a perceber que há, de qualquer modo, um sonho, e que este sonho é comum e que este sonho, que, por vezes, termina em pesadelo, não tem nenhuma realidade.

Apenas a pessoa crê na pessoa. Apenas a pessoa acredita numa melhoria. Apenas a pessoa vive os amores projetados sucessivos, através dos seus «eu amo» ou «eu não amo». O Amor Consciência, o Despertar e a Libertação, não podem, em nenhum caso, alterar a qualidade do Amor que é emanado e não mais projetado. Tudo isso, vocês vão descobri-lo (se ainda não foi feito) e o conjunto da humanidade deve descobri-lo, nas condições (como vocês o sabem) mais ou menos fáceis, mais ou menos acolhedoras, mais ou menos em abertura ou fechamento.

Sendo o importante, de qualquer modo, revelar esta memória: a memória do que vocês são. Mais uma vez, não julguem o que vocês vivem, nem o que vive cada um dos Irmãos e cada uma das Irmãs que fazem parte da vossa vida. Porque, lembrem-se: enquanto Chama Eterna, Criança da Lei do UM, Amor Consciência, vocês mesmos, a Liberdade da Consciência é indispensável. Mesmo se esta Consciência tem por objetivo acreditar num confinamento e de o viver, não há nenhum meio de interferir na Liberdade do outro. Aí está a escolha para cada um. E cada escolha é respeitável porque ela reflete somente o nível da própria Consciência, num dado momento, na Ilusão do tempo e do espaço no qual vocês estão ainda inseridos.

O fim da predação sobre a Terra (traduzida, ao nível Vibratório) se traduzirá, muito brevemente, em fatos. Isso levará, por vezes, certos grupos de Irmãos e de Irmãs a se oporem a outros que têm outras visões pessoais. Isso é o reflexo da sua Consciência atual. Este prefere tal Deus e, para outro, esse Deus não existe. Eles estão ambos nas crenças, nos amores projetados.

E, em geral, o amor projetado acaba sempre no drama, quando ele concebe e compreende que ele próprio é efêmero. Aquilo a que nunca conduzirá o Amor Consciência, porque o Amor Consciência é satisfação, porque o Amor Consciência não se refere à pessoa, nem mesmo ao ser: ele se refere à própria natureza da toda a vida, de toda a manifestação, de tudo o que aparece como criado ou incriado. É a mesma Essência. E nesta Essência, não há lugar para a mínima falta, para o mínimo sofrimento, para a mínima contradição, para a mínima oposição.

É a vocês que cabe, de qualquer modo, se posicionarem, se determinarem; e o que determina, não é a vontade do vosso mental, nem da pessoa. Bem pelo contrário: é o Abandono de toda a pessoa. Isso foi denominado deslocalização da Consciência, des-identificação. Tudo isso se desenrola neste momento.

O fim das Linhas de Predação, aquelas de que vos falou o Comandante (ndr: O.M.AÏVANHOV), é efetiva desde a intervenção daquele que é chamado SERETI (ndr: sua intervenção de 30 setembro 2012). E tudo isso vos convida a observar a concordância, a partir de agora, de maneira mais que precisa e íntima, entre o que se desenrola em vocês e o que se desenrola sobre o mundo: são exatamente os mesmos processos. Porque, lembrem-se que o mundo não será mais do que uma projeção do vosso amor no exterior de si mesmo. Se vocês aceitarem isso, então a vossa própria Ascensão, Transição, se passará na maior das Alegrias, na maior das Serenidades, sem o menor medo. É a isto que vocês se aclimatam.

Antes de vos dar a palavra, se houver perguntas em relação a isto, vivamos um instante de Comunhão, no Silêncio e na Vibração.

… Compartilhamento do Dom da Graça …

Irmãos e Irmãs encarnados, eu rendo Graças ao vosso acolhimento e eu vos escuto.

… Compartilhamento do Dom da Graça …

Nós não temos perguntas, nós lhe agradecemos.

Então, aproveitemos, em conjunto, alguns instantes.

… Compartilhamento do Dom da Graça …

Eu sou MA ANADA MOYI. Eu rendo Graças ao Amor. Eu rendo Graças à vossa Presença. E eu vos digo até breve.




Mensagem de no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1628
01 de outubro de 2012
(Publicado em 02 de outubro de 2012)
Tradução para o português: Cris Marques e António Teixeira
http://minhamestria.blogspot.com/

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