Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

Jalal al-Din Husain Rumi - Poema Sufi

Faltam-te pés para viajar?

Viaja dentro de ti mesmo,

E reflete, como a mina de rubis,

Os raios de sol para fora de ti.

A viagem conduzirá a teu ser,

transmutará teu pó em ouro puro.

Morgenstern?! Ao final do Blog!


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

SRI AUROBINDO - 27 de agosto de 2011

Eu sou SRI AUROBINDO.
Irmãos e Irmãs na humanidade, que minha Luz Azul acompanhe-os e abençoe-os.

O quadro de minha intervenção situa-se, hoje, na conformidade do que tenho comunicado, regularmente, concernente à Luz Azul, à Liberação da Terra e do Sol, ao Choque da Humanidade, à Fusão dos Éteres.

Vou tentar, por palavras simples, fazê-los apreender os mecanismos que podem permitir-lhes aproximar-se da Porta Estreita.

Vou falar da meditação e de seu papel em relação a esse objetivo preciso, que os conduz para estarem diante da Porta.

A meditação não é um fim em si, mas é uma das ferramentas, um meio que permite, através de seus efeitos diretos sobre a consciência comum, prepará-la, de algum modo, para sua Transmutação, para sua Transubstanciação e, portanto, favorecer, de algum modo, essa Passagem específica da Crucificação à Ressurreição.

Foram-lhes referidas duas consciências que se sobrepunham: a consciência habitual de todo ser humano sobre esta Terra, e uma Consciência fora do comum (que diferentes meios permitiram aproximar-se e viver a experiência do extraordinário, da Luz Vibral).
Essa possibilidade foi oferecida a todo ser humano, independentemente mesmo de tudo o que podíamos dizer, de onde estamos, independentemente de qualquer ensinamento preliminar ou de qualquer adesão a um ensinamento preliminar.

As primeiras manifestações do Espírito Santo – que eu, de algum modo, percebi em minha vida – chegaram sobre esta Terra, progressivamente, dando a cada um, mesmo sem poder nomeá-la, mesmo sem poder identificar esse processo, a possibilidade de, dele, viver as primícias, o que me fez dizer, então, há dois mil anos, sob o ditado do CRISTO, que haveria muitos Chamados e que esses Chamados seriam marcados na fronte.

De fato, a Luz apresentou-se, sob suas diferentes formas e componentes, a fim de que um máximo de seres humanos pudesse dar-se conta, por eles mesmos, em sua consciência comum, de que existia outra coisa além da vida comum.
Isso é exatamente o que aconteceu, há mais de trinta anos, concernente, para um número cada vez mais importante de seres humanos, à possibilidade de interessar-se à Luz, para além de outra coisa que não a consciência comum.

Esse objetivo, desejado, foi realizado a partir das primeiras manifestações da Luz sobre esta Terra, ao nível coletivo e não individual, que têm conduzido, progressivamente, algumas correntes filosóficas, espirituais, a emergir.

Nós tínhamos perfeita consciência de que esse mecanismo de Luz, que descia até vocês através do Espírito Santo, seria, de algum modo, utilizado de todos os modos possíveis.
O importante seria fazer de modo a que houvesse muitos Chamados, ou seja, muitos seres humanos colocando-se a questão – a interrogação da alma – da sobrevivência, resumidamente, de dar um Impulso novo na humanidade.

É claro, desde a partida, era evidente que essa Luz poderia ser utilizada, em seus primeiros Impulsos, através de qualquer outra coisa que não a própria Luz, para tentar, em todo caso, reforçar, criar modelos de confinamento mais sofisticados do que aqueles que puderam existir através das religiões, através de movimentos mais antigos.
Contudo, nesse conjunto de humanos, onde quer que eles estejam sobre o planeta, qualquer que seja o destino que eles tenham dado a essa Luz, um primeiro passo foi cruzado: a existência (sob a possibilidade da existência, mesmo sem vivê-la), para um número sempre mais importante de seres humanos, de outras coisas, de outro estado da consciência e de outra vida.
De outro lugar.

É claro, sem, no entanto, alterar, de qualquer maneira, a vida comum, mas, simplesmente, fazer viver, à consciência, a possibilidade de algo mais, qualquer que fosse, eu esclareço, esse algo mais.

Esse objetivo preencheu, perfeitamente, seu papel, quaisquer que fossem as evoluções dessas crenças, quaisquer que fossem essas experiências, durante algum tempo.
A meditação permitiu, a um número cada vez maior de seres humanos, independentemente de yogas, independentemente mesmo do Oriente, aceder a percepções novas.

É claro, essas percepções – e vocês o constataram sobre a Terra – absolutamente não permitiram fazer desaparecer o próprio princípio da falsificação, da predação, do sofrimento, mas o Impulso era dado (e isso foi o mais importante).

Resta, agora, finalizar, não mais através de um Impulso, mas, bem mais, através de uma concretização da própria Consciência que deve conduzir a que o homem estabeleça-se em sua escolha Vibratória (tudo isso lhes foi explicado).

Eu me dirijo, agora, a todos aqueles que viveram e vivem, ainda, ou começam a viver as etapas de abertura ligadas à descida do Espírito Santo ou da Radiação do Ultravioleta, que se traduzem por um conjunto de sinais, de sintomas, de manifestações, que foram amplamente descritos – seja na literatura ou por nós mesmos – eu quero falar dos Siddhis, ou poderes da alma, que se traduzem pela percepção de Vibrações e pela capacidade da consciência para ir além mesmo da Vibração, ou seja, identificar-se à Vibração e viver a Consciência da Unidade por momentos, ou para ali estabelecer-se.
Ou, então, recusar a Unidade e perdurar na Dualidade.

O que quer que seja, o Impulso da Luz foi realizado.
O mais frequentemente, isso é feito através de uma vontade pessoal; isso é feito através de uma capacidade da consciência comum para voltar-se para a luz, para o espiritual, qualquer que seja a vivência, a concepção e a realidade desse espiritual ou dessa luz, que visa, portanto, criar, na humanidade, uma Atenção nova, portada sobre algo que não tocava mesmo a consciência do humano, em todo caso, no Ocidente, mesmo até um tempo bastante recente.

Com o conjunto de descobertas, o conjunto de polos de interesses novos, seja a reencarnação, seja a sobrevivência da alma, seja a reminiscência de vidas passadas ou o acesso a uma luz (qualquer que seja, ainda uma vez, a realidade final: real ou não, ou seja, Unitária ou não), o principal havia sido realizado, naquele momento: criar, ao nível do inconsciente coletivo (ou, se preferem, do astral planetário), um impulso novo, que visava preparar o que adveio desde alguns anos, com os Casamentos Celestes e o que advém agora, com o Retorno da Luz Branca, do Supramental, do CRISTO.

Assim, portanto, o conjunto de preparativos está terminado.
E isso lhes foi ilustrado pela revelação final da Luz Metatrônica, na escala desse corpo humano, através do desenvolvimento e da ativação das Portas, que preparam, de algum modo, a finalidade desse acesso à multidimensionalidade.

Foram referidos, há pouco tempo, elementos que estão presentes em todo ser humano e que são, de algum modo, os últimos freios para a realização dessa Unidade.
Isso foi chamado por alguns nomes, bem além do nome original, mas para, de algum modo – para o Conselho dos Anciões – ancorar, em vocês, esses conceitos.

Alguns de vocês, há anos, puderam aceder ao próprio Corpo de Existência, seja quando de só experiência, única, que basta, contudo, para desencadear, de algum modo, nesses seres, o mecanismo final da estabilização na Unidade.

Muitos outros seres humanos, mesmo tendo revertido o Triângulo Luciferiano, não puderam, ainda, de momento, estabelecer-se de maneira mais permanente, eu diria, em sua Unidade Vibratória ou, então, de maneira muito efêmera e não permanente, o que lhes permite reencontrar-se, contudo, muito próximos dessa última Passagem da Porta OD e, portanto, atravessar o Guardião do Limiar (o grande), a fim de permitir-lhes estabelecer-se, real e definitivamente, na Unidade.

O conjunto dos Anciões, dos Arcanjos e das Estrelas atraíram sua atenção para noções essenciais, progressivamente, que os conduziram, progressivamente, a refletir, a conscientizar-se do próprio princípio da diferença entre o ego e a Unidade, que os conduziu a conscientizar-se, progressivamente, mesmo através de erros, muito úteis, da diferença entre a Unidade e o que eu chamaria espiritualidades, que não visam à Liberação do humano, mas ao confinamento em outro nível.
Tudo isso foi desenvolvido.

Vou demorar-me, agora, após ter voltado a fixar um pouquinho esse plano e esse desenrolar histórico, fixando-me, agora, a falar, explicar a meditação em relação a esse processo da Porta Estreita.

Alguns conceitos têm sido exprimidos pelo Arcanjo ANAEL – em particular a noção de Abandono e de resistência em relação à Luz Vibral – e nós, também, todos, sem exceção, insistimos e repetimos que essa noção de Passagem apenas pode ser realizada por vocês mesmos, ao mesmo tempo especificando que essa Passagem não pode ser, de modo algum, oriunda de uma vontade, de modo algum, oriunda de um desejo, mas, unicamente, nessa fase final, num processo de Abandono total a esse processo.

A meditação, os alinhamentos que vocês vivem, de algum modo, permitiram, em vocês, tornar mais maleáveis os princípios de resistência, quaisquer que sejam essas resistências que, eu repito, não devem ser compreendidas como obstáculos psicológicos, como erros, mas como um desenrolar habitual da vida, quando ela é falsificada.

Esses processos foram nomeados: apegos, medo da morte, medo do Abandono. Eles, de fato, são procedentes de diversos condicionamentos, obviamente, não só individuais, mas coletivos, os dois misturando-se no interior do ser humano, constituindo sua própria história.
E, nessa história, seja ela desta vida ou do conjunto de vidas, existem, de algum modo, freios, oposições.
A educação, também, é um deles, fundamental.

Então, os alinhamentos que vocês viveram, as meditações que vocês viveram até o presente, até a abertura da Porta Posterior do Coração permitiram, a cada um, conforme seu ritmo, avançar para essa Porta Estreita.

Hoje, muitos de vocês estão no limiar dessa Porta Estreita, explicando mecanismos Vibratórios que se acentuam, podendo aproximar-se, em alguns casos, até ao que foi chamada a noite escura da alma, o sentimento de perder todos os marcadores, de viver períodos em que o cérebro não funciona mais, não mais conseguir levar a efeito algumas tarefas.
Portanto viver, de algum modo, uma modificação de seus próprios marcadores, em sua vida habitual.
Tudo isso, é claro, é a consequência direta desse trabalho Vibratório.

Então, em face dessa Porta que se anuncia e que, para muitos de vocês, está aí, convém compreender que, mais do que nunca, a meditação não vai fazê-los passar essa Porta, mas fazer pôr em repouso o conjunto de sinais correspondentes aos seus apegos, aos seus medos, às suas atividades comuns, quaisquer que sejam, mesmo as mais lógicas.
E pondo, também, em repouso, como, talvez, vocês já sintam, algumas das funções fisiológicas, modificando os ritmos do sono e, mesmo durante os tempos de alinhamento, o ritmo cardíaco e a frequência respiratória.

O conjunto desses elementos decorre, diretamente, de sua experiência do alinhamento e, também, da ação direta da Inteligência da Luz, que penetra cada dia um pouco mais, como lhes foi dito, tanto pela cabeça como pelo Coração, como forrando o Canal Mediano da coluna vertebral, abrindo, na finalidade, as Portas do corpo, abrindo a Porta Posterior do corpo, e criando, de algum modo, condições prévias e iniciais para a Passagem da Porta.

O exemplo foi tomado, e eu ali volto, porque foi extremamente falado: todo ser humano viveu um processo comum, que é chamado o medo.
O medo pode produzir-se tanto numa situação nova como numa situação que se repete (para os mais sensíveis de nós).
O medo antes de cantar, o medo antes de tomar a palavra, o medo antes de realizar uma proeza desportiva, tudo isso corresponde, efetivamente, a medos, obviamente, que estão inscritos mesmo no princípio de sobrevivência e no princípio de enfrentamento (e não mais de confrontação).

Esse princípio de enfrentamento corresponde, exprimido diferentemente, ao que IRMÃO K chamou a Liberdade e a Autonomia (ndr: ver, em especial as canalizações de IRMÃO K, de 1º de abril e de 3 de julho de 2011), porque a Liberdade e a Autonomia da Consciência Supramental assinalam, irremediavelmente, o fim da consciência comum.
E isso, a consciência comum não pode aceitar, independentemente do que o ego diga, independentemente do que ele reivindica, porque isso está inscrito no próprio princípio da falsificação da Vida e que escapa, totalmente, da mínima possibilidade de superação, da mínima possibilidade de controle e da mínima possibilidade de melhoria (dita psicológica, por exemplo), em relação a esse processo.

Eu havia detalhado, há agora uma dezena de meses, esse Choque da Humanidade (ndr: ver a canalização de SRI AUROBINDO, de 17 de outubro de 2010).
Eu detalhei, de algum modo, o que chamei as diferentes etapas que devem produzir-se, a primeira delas sendo, obviamente, a negação.
Essas etapas estão inscritas, de algum modo, como mecanismo de sobrevivência, oriundo, diretamente, do princípio de Ilusão e de falsificação.

Existe uma diferença fundamental, por exemplo, com o processo chamado da morte final de um corpo (por uma doença ou por um esgotamento ou por velhice) que passa, aí também, por essas fases, mas que, a um dado momento, após a negociação e a recusa, passa por uma fase de apaziguamento, porque a alma vem tomar posse da personalidade e exprime, à sua maneira, na personalidade, o fim próximo desse corpo, dessa personalidade, mas que vem exprimir (uma vez mais) a sobrevivência da alma e o fato de que essa alma persiste após a morte.

Hoje, a diferença, em relação à morte orgânica, é que a alma não pode (devido, aí também, à falsificação) voltar-se, espontaneamente, para o Espírito.
Isso também lhes foi exprimido, de diferentes maneiras.

E, quando nós dissemos que o único modo, diante dessa Porta, de viver a Passagem era, verdadeiramente, deixar trabalhar a Luz em vocês, o fato de deixar trabalhar a Luz em você não é mais, de modo algum, um estado de meditação nem um estado de alinhamento, mesmo se esses alinhamentos tenham-nos conectado, concreta e efetivamente, à Merkabah Interdimensional Coletiva, que representa uma fonte de Luz aumentada em relação ao que era possível obter sozinho (e isso, vocês o vivem desde o final de setembro do ano passado).
O mecanismo de Passagem da Porta Estreita ultrapassa, amplamente, o âmbito da meditação.

Vocês sabem, também, que o período específico que vocês vivem corresponde a um período de Face a Face.
Esse Face a Face deve mostrar-lhes, de algum modo, o que existe, ainda, em vocês, que possa frear o acesso à Unidade e à Transparência, não para engajá-los a combater, não para engajá-los a exercer outra ação que aquela de olhar o que acontece (quer isso concirna a uma situação, a uma relação, a esse corpo ou a qualquer manifestação desse corpo).

É claro, esse processo não é geral: alguns de vocês, que acederam, de maneira mais íntima, à Unidade, já superaram essa etapa (quando da última Passagem da Garganta).
Ver o que obstrui a Unidade, ver o que obstrui a Consciência não quer dizer agir contra.
Toda a sutileza está nesse nível.

E o desafio final da Passagem à Luz é, justamente, ver se vocês mesmos são capazes de ter a Fé a mais total na Luz, ao invés de no ego, ao invés de na personalidade.
É isso o Abandono à Luz.

Mas, devido a mecanismos de abertura da Porta Posterior, devido ao processo de revelação da Luz e da Fusão, agora, das Três Lareiras (mesmo se uma das três Lareiras, que é o Coração, não tenha sido, ainda, aberta), tornar-se-á possível a vocês aproximar-se dessa Porta através de algumas meditações.

IRMÃO K falou-lhes da importância dos três pontos AQUI, como tantos elementos que, pela atenção da consciência sobre essas zonas da cabeça e do corpo, permitiriam a vocês aproximar-se, ao mais próximo, da Porta Estreita (ndr: ver a canalização de IRMÃO K, de 22 de agosto de 2011), e limitar, tanto quanto seja possível, a influência do que eu chamei os reflexos condicionados de sobrevivência do ego.
É, portanto, durante os alinhamentos, durante as meditações que vocês devem encontrar o que pode aproximá-los dessa Porta Estreita, à sua maneira, seja pelo que lhes disse, ultimamente, IRMÃO K ou por outras técnicas.

Em contrapartida, viver a Passagem não pode realizar-se, eu diria, num espaço de meditação, mas, efetivamente, num momento em que vocês são apreendidos, literalmente, pela Luz.
Se vocês observam os mecanismos de acesso à Unidade, que têm sido descritos (tanto no Oriente como no Ocidente ou em outros lugares), eles fazem, todos, referência a esse basculamento da consciência quando de um estado de angústia extrema, quando de uma meditação que conduziu a aproximar-se, ao mais próximo, dessa Porta e, geralmente, fora mesmo dessa meditação, mas num instante que segue.

O que eu quero dizer com isso é que o que quer que lhes proponha a vida, não é na própria meditação, não é num alinhamento, não é no sofrimento o mais terrível que um ser humano possa viver, não é numa contemplação que vai produzir-se esse acesso à Unidade.
Ele vai produzir-se, como foi dito por CRISTO: «eu voltarei como um ladrão na noite», o que quer dizer não necessariamente, é claro, durante suas noites (embora isso possa existir), mas, sobretudo, num momento em que a consciência comum não estará mais numa vontade de Luz ou numa resistência qualquer, mas num ato, por vezes, o mais banal.

Eu diria que o momento o mais propício é, certamente, após uma meditação ou após um traumatismo, qualquer que seja (após um medo violento ou um sofrimento, após a noite escura da alma).
É nesses momentos que vocês terão mais facilidade para Abandonar-se, sem o querer, sem o desejar, a CRISTO.
Isso foi ilustrado e descrito pelo próprio CRISTO, antes de sua própria Crucificação.
Isso foi descrito por seres que viveram a Completude da própria Unidade, no momento em que havia ou um grande sofrimento, uma grande interrogação, um vazio e um nada total.
Há, mesmo, Irmãos que descreveram, de maneira extremamente detalhada, o que, à época, podia durar, aliás, muito tempo: essa noite escura da alma, que precede a Ressurreição.

Hoje, isso acontece num tempo extremamente curto.
E, quanto mais os dias passam, mais isso acontece num tempo cada vez mais curto, o que não deve traduzir-se, para vocês, nem numa inquietação nem numa esperança, nem num medo.

Os momentos os mais apropriados serão, portanto, os momentos em que vocês esperam menos.
Esses momentos em que vocês esperam menos são, geralmente, nos casos em que vocês não vivem um sofrimento (ou um traumatismo do corpo, qualquer que seja), são os instantes que vão seguir uma meditação, que vão seguir seus momentos de alinhamento, não na continuação do estado, mas, por exemplo, indo, simplesmente, deitar-se, sem nada buscar, sem qualquer vontade de meditação, sem qualquer vontade de alinhamento, simplesmente, deixando, realmente, o que acontece.

É naquele momento que há a possibilidade maior de viver o acesso completo à Unidade, porque, naquele momento, se a meditação ou o alinhamento foi bem conduzido, o ego ainda não tomou, totalmente, todo o lugar dele: há como um silêncio que existe, ao nível das palavras, dos pensamentos, das emoções.
Um estado que vocês podem, também, sentir, por momentos, quando ele lhes cai sobre a razão, quando suas atividades habituais e comuns são como desaceleradas, tanto ao nível do cérebro como do corpo.
Nesses momentos, não há mais nem que meditar, nem qualquer vontade de alinhamento, mas, sobretudo, deixar agir o que age.
Isso realizará as condições ótimas do Abandono à Luz, nas quais, a um dado momento, a abundância da Luz Vibral será tal que o ego, a personalidade, capitularão.

Esse momento vai tornar-se cada vez mais acessível, eu diria, progressivamente e à medida que passam os dias, para o conjunto de humanos.
É claro, como lhes foi dito, virá um momento em que a Luz Branca estará presente por toda a parte.
Mas, naquele momento, vocês podem imaginar, efetivamente, que as circunstâncias do ego não serão, necessariamente, as mesmas.
O ego não estará, talvez, suficientemente ausente para permitir, apesar desse Face a Face com a Luz, entrar em ressonância e em adequação com a Luz, a fim de tornar-se Luz e Transparência.

Assim, portanto, vocês devem vigiar.
E estarem atentos, após suas meditações, após seus alinhamentos, ou no momento em que sobrevém uma modificação Vibratória de suas percepções (e, portanto, de sua consciência), porque é nesses momentos que não é preciso, necessariamente, nem meditar, nem pedir o que quer que seja, mas deixar, realmente, a Luz Vibral agir mesmo no ego.
Isso vai aparecer-lhes, se já não é o caso, de modo cada vez mais flagrante, conduzindo-os, brutal ou progressivamente, a viver esse Reencontro.

O Impulso Metatrônico e as circunstâncias atuais da Terra (e, em especial, através do Choque da Humanidade) são elementos favorecedores e não opostos, é claro.
A não ser para aquele que é totalmente oposto à Luz Vibral.
Mas, para vocês, que esperaram, que seguiram um ensinamento da Luz (qualquer que seja, mesmo se não fosse totalmente correto), retenham que a Luz Vibral agirá em vocês, se vocês mesmos param de agir.
Não através de uma meditação ou de um alinhamento, qualquer que seja, mas, justamente, após esses períodos ou, então, no momento em que isso se realizar em vocês, de modo inesperado, se se pode dizer.
É naquele momento que será necessário lembrar-se do que eu lhes disse e, também, o que lhes disse, longamente, IRMÃO K, concernente à Liberdade e à Autonomia.
É nesses momentos específicos que vocês observarão, ou pelo efeito direto na consciência, ou por sintomas mais ou menos violentos de seu próprio corpo ou de sua própria consciência, que são momentos prioritários.
Esses momentos prioritários, eu repito, podem manifestar-se a vocês de maneira extremamente brutal ou de maneira progressiva, mas é a vocês que cabe localizá-los.
E é a vocês que compete, naquele momento, concretizar, de algum modo, o Abandono à Luz.

É claro, a consciência viverá, naquele momento, um sentimento total de destruição ou de Dissolução, cujas primeiras fases podem ser terríveis (além da noite escura da alma), mas que não durará.

É necessário ousar, naquele momento, Abandonar-se, ainda mais, à ação da Luz.
Isso poderá manifestar-se, além da consciência, por Vibrações cada vez mais intensas, cada vez mais rápidas, percepções de formigamentos e agulhadas cada vez mais intensas ou mesmo por paradas cardiorrespiratórias, temporárias, mas que fazem parte dessa Passagem da Porta Estreita.
Assim vive-se a Crucificação que é seguida, ao mesmo tempo, como lhes foi dito, da Ressurreição.

Não existe outro modo de passar a Porta Estreita.
Eu lhes dei os elementos apropriados para o que há a viver agora, nesse espaço específico de tempo que vive sua consciência nesse mundo.
Para alguns, a questão não se colocará mesmo, porque será tão inesperado e brusco, qualquer que seja a manifestação do ego, que não haverá meio algum, para o corpo e para o próprio ego, de resistir a essa onda da Luz.

Para aqueles que a viverão de maneira progressiva, é a vocês que cabe cultivar o que acabo de desenvolver, para dar-se, a vocês mesmos, as condições ótimas de viver isso.

O obstáculo essencial seria crer que, porque vocês não vivem nada a partir de hoje (ou mesmo, quanto mais os dias passarem), que vocês devam buscar, no Interior de vocês, resolver um medo, um obstáculo porque, naquele momento, vocês reforçarão, é claro, a consciência comum e não permitirão à Luz Vibral agir em vocês.

É claro, tudo o que eu dei sobre a respiração, sobre o que deram outros mestres do Ar, como Mestre RAM (ndr: ver «Protocolos a praticar / A respiração do Coração», de 28 de março de 2010, por Mestre RAM), tudo o que é processo de subida Vibratória é preparação.

Se nós insistimos sobre o fato de que vocês sozinhos, e unicamente vocês sozinhos, podiam passar essa Porta, é que essa é a estrita Verdade.
E é apenas na consciência comum (ou do sono, para alguns) é que poderá revelar-se essa Consciência Supramental, que segue de muito pouco a revelação da Luz Vibral nas Portas do corpo, e a Reunificação (ou a Fusão) das Três Lareiras (ou da Tri-Unidade).

Aí está, portanto, o que fui encarregado de trazer-lhes, hoje, e, portanto, esse mecanismo fundamental que a meditação para a Porta Estreita permite aproximar-se da Porta Estreita, cada vez mais, mas que, a um dado momento, é preciso dar o passo.
E esse passo pode ser dado apenas pela consciência comum, em seu Abandono Total (e não em sua vontade) à Luz Vibral.

Esse mecanismo, essa Última Reversão vai bem além do que eu chamei o Switch da Consciência, no momento em que a Luz CRISTO começava a revelar-se, para alguns de vocês.

É claro, para aqueles de vocês para quem isso se apresentar, de maneira progressiva, haverá, de algum modo, o que eu chamaria de experiências abortadas, ou seja, que não vão ao seu termo.
Mas estejam certos de que as primícias da Unidade, nesses momentos, permanecerão gravadas em vocês, para as vezes seguintes.

E se o corpo tem necessidade de manifestar, naquele momento, algo de mais violento, ele o fará.
Cabe a vocês, então, colocar-se a boa questão: não do porquê ou do como manifesta-se tal coisa, mas, antes, lembrar-se de que é uma incitação ao Abandono à Luz.
E que é, de algum modo, a Luz que vem bater à porta de seu corpo e à porta de sua Consciência.
Isso resulta, diretamente, da abertura da Porta Posterior do Coração, que vem rasgar o último Véu (do mesmo modo que ele se rasgará nesse Sistema Solar e sobre esta Terra em especial).

Nada mais tenho a acrescentar.

Eu lhes proponho viver, juntos, um momento de comunhão, na Luz Vibral Azul, que é minha e sua.

Eu sou SRI AUROBINDO.
Que a Paz e o Amor do CRISTO revelem-se.

... Efusão Vibratória...


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